Esperança é missão
A missão popular – a visita de casa em casa – é o gesto concreto do Ano da Esperança que a Arquidiocese do Rio está vivenciando desde o dia 20 de janeiro, e a ser concluído com a Festa da Unidade, no dia 21 de novembro, dentro do contexto da Solenidade de Cristo Rei.
A missão popular pela Cidade
Maravilhosa, que está comemorando seus 450 anos, está sendo organizada
pelo Conselho Missionário Arquidiocesano (Comidi), que começa com a
preparação, no dia 25 de abril, e inclui treinamento prático para que as
visitas possam ser feitas da melhor maneira possível.
Enquanto no Ano da Fé, em 2013, os
cristãos foram às ruas testemunhar publicamente a fé, e no Ano da
Caridade, em 2014, se partilhou com o irmão aquilo que se tem, no Ano da
Esperança, em 2015, o chamado é para “continuar caminhando”, conforme
explicou o coordenador arquidiocesano de pastoral, monsenhor Joel
Portella Amado.
“Coisa alguma que nossos olhos veem é
mais forte do que aquele que venceu a morte. Esse é o anúncio! É dizer e
testemunhar isso. Por isso que o gesto concreto do Ano da Esperança é o
que chamamos, na linguagem do Rio, de missão popular: é um momento
forte de visitas missionárias. O que não significa que a cidade já não
viva em estado permanente de missão. Esse é só um impulso”, incentivou o
coordenador de pastoral.
Fé, esperança, caridade
Monsenhor Joel explicou que, pela
lógica, o primeiro ano seria voltado para a fé, o segundo para a
esperança e em seguida viria a caridade, um tema preparando terreno ao
outro. Mas a inversão – fé, caridade, esperança – se deu porque foi
durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que o arcebispo Dom Orani
João Tempesta abriu a campanha “Alimente a Esperança – ajude o Haiti”,
que tinha como expectativa inicial recolher dez toneladas de alimentos e
a solidariedade do povo carioca fez com que o número se multiplicasse.
Foram 180 toneladas de alimentos arrecadados e enviados ao Haiti, o país
mais pobre da América Latina. Essa arrecadação ficou marcada como o
gesto concreto do Ano da Caridade.
O tema da esperança fecha o ciclo do 11º
Plano Pastoral Conjunto (PPC) da Arquidiocese do Rio, que contemplou a
fé, em 2013, a caridade, em 2014, e a esperança, neste ano de 2015. Os
gestos concretos propostos para a Arquidiocese do Rio para esses anos
foram, respectivamente, a realização da Jornada Mundial da Juventude
(JMJ Rio2013), a coleta de alimentos para o Haiti e as visitas
missionárias, em 2015.
“A esperança nos direciona para o
futuro. Nós que testemunhamos a fé na JMJ em 2013 e que mostramos que
pela fé somos chamados a lembrar de alguém que está em pior situação
através da caridade em 2014, percebemos que o Haiti não mudou, o Rio não
mudou, e muitas coisas ainda nos preocupam. E então, o que fazemos?
Desistimos da fé? Desistimos da caridade?”, indagou monsenhor Joel. “A
resposta é ‘não’! Vamos continuar caminhando”.
Fé - o início de tudo
O fato de a CNBB propor diretrizes para a
ação evangelizadora direciona os planos das dioceses e impulsiona os
cristãos à prática da vivência do Evangelho. Para isso, é sempre
proposto um gesto concreto, a fim de mobilizar as pessoas a viverem
concretamente o tema escolhido.
O Ano da Fé foi o período de ir às ruas, na JMJ, testemunhar publicamente a fé em Cristo, conforme explicou monsenhor Joel.
“Foram três os sinais de que a JMJ foi
um testemunho de fé: primeiro que sobraram vagas nas casas de acolhida
para os jovens que vieram de outros países. Isso significa que o coração
do carioca não temeu em acolher. Nesse sentido, a fé falou mais alto”.
“O segundo sinal”, continuou o
monsenhor, “foi o comportamento dos jovens na cidade. As manifestações
de julho daquele ano levaram à impressão de que todo jovem tinha o
comportamento como o dos manifestantes, e na JMJ se viu que não era
assim.”
“O terceiro sinal”, enfatizou monsenhor
Joel, “foi o fato de em três dias de jornada os jovens terem gerado
menos lixo do que em uma única noite de réveillon em Copacabana. E a
pergunta é: por que esses jovens são assim? São assim porque têm fé”,
explicou.
Citando a Exortação Apostólica
“Evangelii Nuntiandi”, do Papa Paulo VI, publicada em 8 de dezembro de
1975, pontuou sobre a importância do “testemunho como forma de anunciar a
Boa Nova, que é Cristo Jesus”.
Cronograma
Para as visitas missionárias, o Comidi preparou o seguinte cronograma:
25/04 - 8h às 18h - Curso para
aprofundamento do projeto missionário arquidiocesano (um dia inteiro de
treinamento na sede da arquidiocese, no Edifício João Paulo II, na
Glória);
16 e 17/05 - Treinamento para a missão na comunidade do Cantagalo, território da Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Ipanema;
23/05 - Revisão missionária, quando será partilhada a experiência na comunidade do Cantagalo;
24/05 a 03/07 - Vicariatos e
coordenações diocesanas de movimento se reunirão para planejar as
visitas missionárias a partir do treinamento feito na comunidade do
Cantagalo, adaptando as experiências do treinamento à realidade de suas
comunidades;
04/07 - 9h - Recepção da imagem
missionária de Nossa Senhora aparecida, que será trazida do Santuário
Nacional de Aparecida pelo cardeal Dom Orani e uma comissão;
17h - Momento de oração com a vida consagrada, na Catedral Metropolitana;
18h - Missa e vigília dos jovens, na Catedral;
05/07 - 10h - Encerramento da vigília e envio missionário;
27/08 - Romaria arquidiocesana a Aparecida (SP);
21/11 - Festa da Unidade e encerramento do Ano Arquidiocesano da Esperança.
(Fonte: http://arqrio.org/noticias/detalhes/3042/esperanca-e-missao)