Censo Anual realizado pelo Centro
de Estatística e Investigações Sociais (CERIS), divulgado recentemente
pela CNBB, mostra um crescimento considerável em relação às vocações
sacerdotais e religiosas, confirmando no Brasil a tendência do aumento
do número de sacerdotes diocesanos e religiosos no mundo que começou em
2000 e continuou em 2010.
O Censo Anual de realizado pelo CERIS —
entidade brasileira de pesquisa religiosa fundada pela Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) - revelou uma “Igreja Viva”. É o
que afirma a análise sociológica da evolução numérica da presença da
Igreja no Brasil, feita pelo sociólogo Padre José Carlos Pereira,
colaborador do CERIS.
A distribuição de padres por habitantes é um dos fatores levantados
pela pesquisa. Em 2000 eram 16.772 padres. Em 2010 chegou a 22.119
padres. Em 2000 havia pouco mais de 169 milhões de habitantes e para
cada sacerdote eram 10.123,97 habitantes. Dez anos depois havia
aproximadamente 190 milhões de habitantes e cada padre teria o número de
8.624,97 habitantes.
Conforme o Anuário Pontifício 2012, entregue ao Santo Padre Bento XVI
em março deste ano, a tendência de crescimento no número de sacerdotes
no mundo começou em 2000 e continuou em 2010, ano em que foram contados
412.236 padres, dos quais 277.009 diocesanos e 135.227 do clero regular;
em 2009 eram 410.593, sendo 275.542 diocesanos e 135.051 religiosos.
No total, o clero aumentou entre 2009 e 2010 em 1.643 padres. Os
aumentos foram registrados na Ásia (1.695), África (761), Oceania (52) e
América (40), enquanto a queda afetou a Europa (905 sacerdotes a
menos).
Os dados estatísticos se referem a 2010 e fornecem uma análise
sintética das principais dinâmicas da Igreja católica nas 2.966
circunscrições eclesiásticas do planeta.
A concentração do clero por regiões brasileiras, segundo a pesquisa
do CERIS, mostrou que havia uma concentração maior na região sudeste em
detrimento das outras regiões. Do total de padres no país a região
sudeste concentrava quase metade dos sacerdotes, com 45%. O sul ficava
com um quarto da população de padres, 25%, o nordeste 16%, o
centro-oeste apenas 9%. Já o norte seria a região com menos padres,
apenas 3%.
O quadro geral no Brasil “mostra uma vitalidade da religião católica,
por meio de um borbulhar de novas modalidades, ou novas formas de viver
a fé católica, por meio das novas comunidades, novos movimentos
eclesiais e da volta às origens dos ideais das primeiras comunidades
cristãs, que tem refletido outro quadro estatístico, que é da evolução
do número de presbíteros entre os anos de 1970 e 2010, conforme vemos na
atual planilha do CERIS.Isso indica um retorno ao catolicismo dos
afastados, mas também uma identificação maior daqueles que já praticavam
o catolicismo, mas não se sentiam muito firmes, identificados com a
doutrina católica”, destaca a análise.
O Censo Demográfico 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) mostrou que os católicos permanecem sendo maioria,
embora haja uma maior diversidade religiosa da população brasileira. Os
dados mostram que 64,6% da população professa a fé católica, havendo
72,2% de presença neste credo no Nordeste, 70,1% no Sul e 60,6% no Norte
do país.
A análise mostra que outros 22,2% da população são compostos por
evangélicos, 8% por pessoas que se declaram sem religião, 3% por outros
credos e 2% por espíritas.
(Fonte: http://www.zenit.org. Para assinatura visite: http://www.zenit.org/portuguese/subscribe.html)